Perda gestacional

A perda gestacional é uma ocorrência que deixa marcas profundas nas mulheres que passam por essa situação. Por ser um acontecimento que provoca dor imensurável a nível emocional, é comum algumas mulheres desenvolverem problemas de saúde mental e precisarem de apoio para recuperar. Para além do apoio psicológico na fase do luto, existem também algumas estratégias que podem ser adotadas para ajudar a superar esta perda.

Neste artigo vamos explicar o que é a perda gestacional, quais os sintomas e como lidar com a perda gestacional.

O que é a perda gestacional?

A perda gestacional refere-se à perda do bebé durante a gravidez. Este termo abrange diversos tipos de perdas, desde aborto espontâneo ao falecimento do bebé no período neonatal.

A perda gestacional geralmente divide-se em dois subgrupos:

  • mortalidade fetal precoce: abortos que acontecem até à 20ª semana de gestação;
  • mortalidade fetal tardia: abortos que decorrem depois da 28ª semana de gestação.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o aborto espontâneo é a causa mais frequente de perda gestacional.

Qual é a diferença entre perda gestacional e neonatal? A perda gestacional ocorre quando o bebé está ainda na barriga da mãe. Já o óbito neonatal ocorre após o nascimento do bebé, antes de completar 28 semanas de vida.   
 

O que é a perda gestacional recorrente?

A perda gestacional recorrente é a ocorrência de duas ou mais perdas consecutivas da gestação, com menos de 20 semanas. Este é um acontecimento pouco frequente e existem vários fatores que podem levar a que esta perda ocorra, entre eles:

  • Fatores genéticos;
  • Fatores hormonais;
  • Infeções;
  • Doenças imunológicas.

Quando uma mulher passa por perda gestacional recorrente, existe um risco elevado de complicações na próxima gestação, pelo que é crucial que haja acompanhamento médico, de modo a contornar a situação. Com o tratamento adequado, ser mãe continua a ser possível para mulheres que sofrem desta condição.

 

perda gestacional 9 semanas

 

O que causa perda gestacional retida?

Antes de mais, o que significa perda gestacional retida? A perda gestacional retida é um tipo de aborto em que o feto já não está vivo, porém permanece na barriga da mãe, podendo ficar retido no útero durante semanas a meses.

Esta perda gestacional ocorre entre as 8ª e 12ª semanas de gestação e pode dever-se a vários fatores, como malformações fetais, problemas no útero, alterações cromossômicas ou mesmo doenças em que exista falta de controlo, como o caso da diabetes ou casos de obesidade. Entre as causas da perda gestacional retida destacam-se ainda o uso de álcool e drogas, má nutrição e a idade da mulher - caso tenha uma gravidez em idade tardia, pode aumentar o risco desta perda.

Alguns sintomas de perda gestacional retida são corrimento vaginal avermelhado e desaparecimento de sinais de gravidez como o aumento da barriga, sensibilidade no peito, enjoos, entre outros.

Como superar a perda gestacional

Não existe um prazo estipulado para ultrapassar uma perda gestacional. Cada mulher é diferente e cada caso pode gerar diversas reações e impacto, dependendo da situação.
Reunimos algumas dicas de estratégias a adotar para a ajudar a superar a perda que sofreu.

  • Dica 1: Permita-se sentir as emoções que surgirem ao longo do processo. É normal sentir tristeza, angústia, e toda uma panóplia de sentimentos que podem ser difíceis de gerir. Leve o seu tempo e seja paciente consigo;
  • Dica 2: Tire um tempo para repousar e fazer atividades que a ajudem a sentir-se tranquila;
  • Dica 3: Procure apoio de profissionais de saúde. Pode ser uma boa ideia consultar um psicólogo para a ajudar a lidar com a perda que sofreu;
  • Dica 4: Converse com o seu parceiro para que possam apoiar-se mutuamente nesta fase difícil. Não se preocupe em regressar à intimidade antes do tempo em que se sentir preparada.

Recorde-se de que não está sozinha durante esta fase. Outras mulheres passam por processos semelhantes ao seu e pode partilhar a sua experiência num lugar seguro com pessoas que compreendam a dor por que está a passar. Procure grupos de apoio e partilhe as suas vivências com quem se sentir confortável.
 

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