Diástase abdominal pós-parto – o que fazer
Muitas mulheres têm diástase abdominal no pós-parto. Esta condição pode ocorrer durante a gravidez e durar após o nascimento do bebé.
Neste artigo vamos explicar o que é a diástase abdominal, quais os sintomas e que tratamento pode fazer.
Diástase abdominal pós-parto – o que é?
A diástase abdominal no pós-parto é uma condição comum que afeta muitas mulheres após o parto. Refere-se à separação dos músculos do abdómen, que ocorre devido à dilatação durante a gravidez. Essa separação pode causar uma mudança abdominal, fraqueza muscular e até mesmo problemas de postura e dor lombar. A identificação precoce e a adoção de exercícios específicos podem ajudar a fortalecer os músculos abdominais e promover uma recuperação adequada após o parto. No entanto, em alguns casos, pode ser necessária intervenção médica para corrigir a diástase mais grave.
Quais são os sintomas da diástase abdominal?
Vamos ajudá-la a perceber se tem diástase abdominal.
Alguns sintomas para identificar esta condição são:
- Notar uma flacidez acentuada na região abdominal;
- Notar uma saliência no abdómen, seja acima ou abaixo do umbigo, principalmente ao pegar em algum peso, ou quando se agacha;
- Sentir uma diminuição na força dos músculos abdominais;
- Sentir desconforto durante a intimidade;
- Prisão de ventre;
- Encontrar dificuldades para pegar em objetos ou realizar atividades quotidianas;
- Ter dores lombares, pélvicas ou no quadril;
- Incontinência urinária.
Quais são as consequências da diástase abdominal para a saúde?
Todas as grávidas sofrem de diástase abdominal durante a gravidez, pois é feita uma dilatação da barriga com o crescimento do feto. Porém, algumas mulheres continuam a sofrer desta condição após o parto, e isso pode trazer algumas consequências para a saúde.
Consequências da diástase abdominal:
- Dores nas costas: Principalmente na região lombar, devido à falta de suporte muscular adequado.
- Obstipação: Dificuldade ou irregularidade nas evacuações intestinais.
- Incontinência urinária: Perda involuntária de urina, especialmente ao tossir, espirrar ou fazer esforço físico.
- Dificuldade em respirar: A pressão exercida sobre o diafragma pode dificultar a respiração normal.
- Dificuldade em realizar movimentos: Atividades simples do dia a dia podem se tornar desafiadoras devido à fraqueza e instabilidade abdominal.
Como saber se tem diástase abdominal?
Para perceber se tem diástase abdominal, deite-se de barriga para cima, pressione os dedos na barriga, abaixo do umbigo e contraia o abdómen.
Geralmente, ao contrair o abdómen, é esperado que os dedos se elevem ligeiramente, demonstrando a contração muscular. No entanto, na presença de diástase abdominal, essa resposta pode ser diferente. Os dedos podem permanecer estáticos, sem movimento percetível durante a contração abdominal. Às vezes, é até possível colocar três ou quatro dedos lado a lado sobre a área afetada sem que eles se movam com a contração dos músculos abdominais.
Para ter a certeza de que o diagnóstico é correto, consulte a sua ginecologista e exponha as suas preocupações. Não se preocupe, existe solução para tratar!
Diástase abdominal pós-parto - tratamento
O tratamento varia consoante o grau de afastamento dos músculos abdominais. Quanto maior for o espaçamento, mais difícil será unir as fibras apenas através de exercícios. Em diástases abdominais com menos de cinco centímetros, costuma ser possível diminuir a diástase num período de até cerca de três meses.
Existem 3 opções de tratamento:
- Exercícios – geralmente iniciados seis a oito semanas após o parto, após avaliação médica. Estes exercícios promovem o afastamento dos músculos abdominais e fortalecem os músculos que dão estabilidade à região abdominal. Um exercício que pode fazer é: sentada, encolha a parte inferior da sua barriga em direção à coluna vertebral e mantenha essa posição durante dez segundos, respirando normalmente. Repita dez vezes. Se preferir, pode fazer o exercício deitada de costas ou de lado;
- Fisioterapia – inclui exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos supervisionados por um fisioterapeuta;
- Cirurgia – esta é a última opção, somente recomendada quando o afastamento dos músculos é superior a cinco centímetros, quando os exercícios anteriormente mencionados não produziram resultados, ou a mulher sente-se desconfortável e quer ser submetida a cirurgia.
Lembre-se de ser sempre gentil consigo mesma. O seu corpo está a recuperar do parto e é normal que existam mudanças físicas visíveis! Leve o seu tempo a adaptar-se à nova realidade e lembre-se, tudo são fases!
Fontes: